O jeito de fazer compras mudou. Com a revolução do comércio digital, a maioria dos consumidores, ao invés de ir ao shopping para comprar, prefere agora fazer suas compras virtualmente. Essa mudança vinha sendo respondida com a implantação de mais opções de entretenimento, o que valorizava o ambiente. Mas como acompanhar a nova era do consumo?

O shopping como centro de distribuição

Em dois anos, segundo uma pesquisa do Google, 27 milhões de brasileiros farão sua primeira compra online. Sabendo disso, os shoppings se adaptam, incentivando seus lojistas a vender online. Essa transformação do shopping em centro de distribuição é auxiliada pelo fator geográfico, pois os shoppings possuem localização estratégica, o que ajuda na rapidez das entregas.

Um ótimo caso para entender essa mudança é a Delivery Center. Essa startup, que teve 45% das ações compradas pela BrMalls, opera na “last mile”. Isso significa ela é responsável pelo produto sair do centro de distribuição (o shopping) e chegar ao destino final. Operando com frota própria de entregadores, a Delivery Center começou com lojas de alimentação, e logo expandiu sua oferta para diferentes produtos e serviços na venda digital.

Novas oportunidades

Um fator que deve ser considerado é a chegada de empresas estrangeiras, como a Amazon, no mercado brasileiro. Sobre isso, o presidente da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), Glauco Humai, afirmou, em entrevista para a Exame: “Se vem uma Amazon ou um Alibaba podemos negociar para que nossos shoppings sejam os centros de distribuição para eles.” Isso mostra que, além de coexistir com o e-commerce, os shoppings podem se tornar fundamentais na evolução desse setor no país.

Ainda sobre as possibilidades da atuação em conjunto entre shoppings e e-commerce, vale citar o MultiShopping. Criado pela Multiplan, o projeto é descrito como um canal de vendas online de produtos que estão disponíveis nos shoppings do grupo. Ao fazer isso, o cliente tem acesso aos produtos do shopping sem sair de casa.

Adaptação

Mais prático e eficiente, o e-commerce tem se tornado a principal maneira de comprar atualmente. Isso não quer dizer, porém, que os velhos modos serão abandonados. Se adaptando às necessidades desse novo mercado, os shoppings provam que ambas as maneiras de fazer compras podem coexistir. Esses, ao se transformarem em centros de distribuição, otimizam o processo de compra do cliente, enquanto diminuem as barreiras entre o físico e o digital.

Gostou desse post? Leia também:

O futuro do supermercado